Nessa terra é tudo questão de vida
ou morte:
Ou mato minha fome,
Ou penso nas fomes alheias e
Morro
[Favela-bairro]
Porém, mesmo sabendo os sujeitos viver a terra nos
repartes da comida restante,
Sigo pensando na falta das armas de matar a miséria dos crânios:
Espero esmola de ganhar pão e papel e
Matar também a subnutrição de letras:
Quero alfabetizados lendo isso aqui.
Que depois de fome e morte,
Coisa mais triste no mundo
É escritura não compartida.
Adoro as poesias metalinguageiras, que pensam a escrita, o poetizar... e que, inseridas no mundo, falam dele. Eu [subo] morro nas belezas dessas reflexões (rs). Maravilhoso!
ResponderExcluirAdoro os comentários que [não] morrem nas belezas e me fazem ver mais do que se pode ver quando se está do "lado de cá" do texto.
ResponderExcluirAmo seu jeito de me poetizar a vida-escrita.
Ca-ra-lho.
ResponderExcluirchorei :)
Adoro saber que minhas palavras podem chegar a detonar emoções tão orgânicas como as lágrimas. Isso me comove, muito!
ResponderExcluirObrigado por comentar, Vivian!