domingo, 12 de setembro de 2010

O SUJEITO RESISTE

Da cidade clara
             ainda clara:
                                     Luz
Atravessa os vãos do quarto
Ainda há quarto
Sei os cachorros vivendo, osso:
Aos homens - meus irmãos, todos buzinas,
                      todos meus iguais, motores –
Os cães sinalizam vida
E eu gravo num papel meu latido mudo
Intelespectado.
Fico só pensando.
E penso que se penso
                                       Inexisto.

3 comentários:

  1. O poema me fez pensar que o homem pareceria existir só quando produz barulho. Se pensa (se silencia)inexiste. Oh, Deus, quantas pessoas eu gostaria que não existissem...!!!

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