domingo, 15 de agosto de 2010

O SUJEITO-PALAVRA

Nossas guerras transmitidas

(como vírus)

Em tempo real.

E minhas batalhas aqui,

Só as desejo grafadas.

Sou escrivão de tudo,

E talvez poeta, conforme lido.

Perco sempre alguma batalha incógnita

E entrego o pouco meu:

– a jurisdição dos muitos territórios de ser alguém;

– o plural da voz prisioneiro no papel;

– ações intestinas, impressas;

É o seu espólio na guerra cotidiana de existir: eu assassino

O efêmero na vida das palavras

Para ceder – agora – os seus alimentos,

Devorador de poesia.

Mesmo sem precisar, você, de mim.

6 comentários:

  1. Maravilhoso o seu texto, meta-texto ,poema, meta-poema, vivência, turbulência, delírio ou...enfim ou em começo. Amei!! Agora me pegou tb pela palavra. Beijos, Dilma

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  2. gosto muito da ideia do espólio do assassino...
    (que pode ser assassino do efêmero, ou efêmero ele mesmo)...
    mas espolio do assassino em si, já me agrada.

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  3. Dilma...
    Saudades imensas de você. Ainda que não seja tão bom quanto ver-ouvir-tocar, ler você já me faz muito bem...

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  4. Re, gostei do alerta sobre o duplo sentido do efêmero. Reli e vi que era bom...
    saudade d'ocê, menina...
    quando estiver perdida pela Lapa, vê me acha um pouco, viu?

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